"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." [1 Pe 2:9]
O momento que vivemos hoje é
muito propício para falarmos de um assunto tão relevante. Estamos em um ano
eleitoral e, como muitos tem alardeado, é o momento em que nosso voto fará (ou
não) diferença. Na realidade, todos sabemos que existem três possibilidades:
continuar como está, piorar ou melhorar a situação de nossas cidades.
Eleição é escolha. Isso
pressupõe que a demanda, como sempre, é maior do que a oferta. Falando sobre a
eleição de Deus, os “candidatos” precisam apresentar algumas “propostas” à
altura, de modo a serem incluídos por Deus na lista dos eleitos, ou escolhidos.
Muitos candidatos, um Eleitor
A primeira grande diferença
entre os incômodos e polêmicos pleitos eleitorais e a eleição do Reino é que
esta tem apenas um eleitor, embora muitos candidatos.
Isso não significa que Deus
faça acepção de pessoas. Diferentemente dos homens, Deus não tem uma lista de
“mais queridos” (At 10:34; Rm 2:11).
Muitos são chamados…
A maior prova de que Deus não
tem preferências é que “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 20:16;
22:14). Na realidade, podemos substituir “muitos” por “todos”, haja vista que a
mensagem do evangelho é universal e a vontade de Deus é que todo homem seja
salvo (1 Tm 2:4). Apesar de, nos dias atuais, o evangelho ser propagado aos
quatro ventos, são poucos aqueles que aceitam o chamado, motivo pelo qual são
poucos os escolhidos.
Olhando o mesmo princípio da
perspectiva de dentro da própria igreja cristã (ou, como alguns preferem,
cristandade), podemos entender os “chamados” como todos aqueles que fazem parte
da comunidade. Nada obstante, a parcela identificada como “escolhidos” ou
“eleitos” é menor ainda. Afinal, quantos “crentes nominais” estão em nossas
igrejas, em contraste com os que fazem jus ao adjetivo “escolhido”?
Eleitos para fazer a diferença
Por esse motivo, Deus não nos
tem chamado para encher os bancos das igrejas, muito menos para “fazer número”.
Os verdadeiros eleitos de Deus são aqueles que fazem a diferença; aqueles que
impactam a sua geração; aqueles que não se conformam com o presente século, mas
que são transformados pela renovação da mente (Rm 12:2). No original,
“conformar-se” tem o sentido de “tomar ou assumir a forma de”, como em 1 Pe
1:14:
“Como filhos da obediência,
não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa
ignorância”.
Falando sobre mais qualidades
dos eleitos, Paulo resume:
“Revesti-vos, pois, como
eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade,
de humildade, de mansidão, de longanimidade.” (Cl 3:12).
Por falta de qualidades nos
crentes como misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade, muitos
têm sido afugentados das igrejas. Não é raro encontrar pessoas que já passaram
por igrejas alegarem problemas de relacionamentos ou de convívio com os demais
membros como a principal causa de terem saído.
Conclusão
Queridos, Deus nos chamou, e
nos elegeu, para que pudéssemos chamar a outros. Mas, não somos nós que os
elegemos. Essa tarefa é exclusiva do Senhor. Portanto, ‘usemos o tempo que
dispomos para contagiar o maior número possível de pessoas com a mensagem do
evangelho de Cristo, e façamos diferença como geração eleita do Senhor.
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* Palestra proferida na Igreja de Cristo Missionária, por ocasião do 4º Culto de Jovens do Projeto Jovens Unidos em Cristo - JUC, em 06/10/2012.
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