segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Uma igreja avivada


“Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia.” [Hc 3:2]

“Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” [Sl 85:6]

Já sabemos o que é o avivamento. Já conseguimos identificar o que não é avivamento, ou pseudo-avivamento. Agora, você já parou para pensar nas características de uma igreja avivada? Já se questionou sobre como se dá o “processo do avivamento”?

1.        O Avivamento não é um momento estanque, mas um processo

O avivamento não é (ou pelo menos não deveria ser) um momento, ou um fato, ou um evento específico. O avivamento não pode ficar limitado no tempo e no espaço. O avivamento não tem a ver com uma época do ano ou da vida. O avivamento não deve ser um momento estanque, mas um processo: o “processo do avivamento”. E por processo, entendamos que não nasce pronto e acabado.

Vários pregadores e estudiosos citam o exemplo da festa de Pentecostes (At 2) para defender que o avivamento ocorre de repente. Mas, a grande questão não é o início, mas o vem depois dele.

2.      O avivamento deve acontecer todos os dias
 
Grande parte das igrejas apresenta duas fases de avivamento:

A fase do “já foi”: É comum ouvirmos alguém comentando que tal igreja ou pessoa foi avivada. Ora, o avivamento deve ser uma marca da igreja, assim como da pessoa que teve um encontro com o Salvador (“Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” – Jo 5:21). Tem que acontecer no dia a dia. Cada experiência da igreja deve ser encarada como uma oportunidade para que o avivamento se manifeste na vida dos membros.

A fase do “um dia”: Outro grupo de igrejas está ainda esperando o avivamento acontecer, como algo que todo mundo aguarda, mas não sabe exatamente se vem ou quando vem. O profeta Oséias expressou bem esse pensamento: Os que se assentam de novo à sua sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano” (Os 14:7). O avivamento não é uma quimera. Não se trata de uma utopia (literalmente, “um lugar que não existe”). Tampouco é algo que o Senhor deseja operar apenas no fim dos tempos.

3.      O avivamento é operado por Deus, mas experimentado pela igreja

Existem coisas que o homem faz, com a concordância de Deus. O avivamento é algo que Deus faz, com a concordância dos homens. Não é suficiente que Deus queira realizar o avivamento na igreja. Mas é imprescindível que a igreja deseje o avivamento. E é aí que reside a maioria dos problemas pessoais e eclesiais: se o homem não quiser, dificilmente Deus vai operar – “E (Jesus) não fez ali (Nazaré) muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13:58).

4.      O avivamento deve envolver todos as áreas da igreja

Dentre as diversas visões errôneas acerca do avivamento, popularizou-se aquela em que a igreja avivada é sinônimo de animação (cânticos ritmados, bater palmas, danças, gritos de guerra etc.). Não podemos negar que isso faz parte, mas é exatamente isso: apenas “parte”. O verdadeiro avivamento tem o poder de alcançar todos os setores da igreja: do ministério de louvor ao de intercessão, do ministério de dança ao ministério de limpeza e conservação, do ministério pastoral ao de contribuição e ação social.

Conclusão:

O avivamento deve ser uma realidade para a igreja dos nossos dias. Deus está movendo céus e terra para ver vidas e igrejas genuinamente avivadas, devotadas, transformadas. Mas esse avivamento tem de acontecer no dia a dia, cada vez mais intensamente; precisa que as pessoas desejem ardentemente experimentá-lo; requer que a igreja seja envolvida como um todo. Esse é o verdadeiro avivamento.
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* Palestra ministrada durante o Retiro Espiritual da Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 07/03/2011, cujo tema foi "Eu quero o avivamento".
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