domingo, 31 de janeiro de 2010

Bênção ou Maldição?

"Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes." (Dt 11:26-28)

O que você prefere: Bênção ou Maldição? 

Em princípio, pode parecer absurda a pergunta, na medida em que ninguém, em sã consciência, optaria por receber maldição em lugar de bênção.

Mas, o que é mesmo uma bênção? Bênção é um favor especial; benefício; graça; favor divino. Tradicionalmente, quando pequenos, somos ensinados a “pedir a bênção” aos pais e aos mais velhos (tios, avós etc.), como sinal de respeito. Aliás, prática essa que já caiu em desuso, em grande parte das famílias (aí incluídas as evangélicas).

Tudo bem, você deve concordar que o simples fato de pedir a bênção a uma pessoa mais velha não signifique que a bênção virá sobre a pessoa. Mas, nos tempos bíblicos, isso era levado tão a sério, que levou homens a, literalmente, disputarem a bênção.

LUTANDO PELA BÊNÇÃO

O primeiro caso emblemático de luta por bênção foi a disputa entre Jacó e seu irmão Esaú (Gn 25), que teve direito até a venda do direito de primogenitura, culminando com a transferência da bênção de Esaú para Jacó. Com relação a esse episódio, sabemos que a bênção em questão está intimamente ligada ao direito de primogenitura e, por conseguinte, às implicações positivas sobre o abençoado.

Outro exemplo está registrado em Gn 32:22-32, quando Jacó lutou com o próprio Anjo do Senhor (Cf. Os 12:4). Na ocasião, Jacó disse que só deixaria o anjo sair depois que este o abençoasse.

MALDIÇÃO EM LUGAR DE BÊNÇÃO

Se você ficou intrigado com a questão que introduz esta mensagem, tente responder a esta outra: Se a bênção é infinitamente melhor do que a maldição, por que a maioria das pessoas prefere esta última em detrimento da primeira?

Em Dt 23:5, Moisés declara que o Senhor trocou a maldição de Israel em bênção, isso por causa do seu amor pela nação. Agora, sinceramente, você não acha que, ultimamente, os homens temos seguido o caminho inverso? O que era para ser bênção estamos transformando em maldição. Por quê?

Permita-me propor algumas respostas. No Evangelho segundo Mateus (7:13-14), o Senhor nos afirma que a porta que conduz à salvação (bênção) é estreita e o caminho, apertado; ao passo que aquela que leva à perdição (maldição) é larga e espaçoso o caminho. Portanto, inferimos que a primeira coisa que leva a pessoa a escolher a maldição em lugar da bênção é o que chamo de acessibilidade, ou seja, a facilidade de acesso (ou de oferta) da primeira em relação à segunda.

A segunda razão para o homem escolher a maldição é a facilidade. Você já observou como a maioria absoluta das coisas boas é obtida com muito esforço, ao mesmo tempo em que as coisas ruins não requerem grandes sacrifícios? Por essa razão “são muitos os que entram por ela” (porta da maldição) e “são poucos os que acertam com ela” (porta da bênção).

Outro fator determinante para preterir a bênção é a aparência. Note que o Senhor destaca que “estreita é a porta e apertado o caminho” da bênção, enquanto “larga é a porta e espaçoso o caminho” da maldição. Ora, se a via que leva à salvação começa com uma porta apertada e segue por um caminho estreito, isso significa que, à primeira vista, aquele que se depara com ela a rejeita simplesmente por não parecer a melhor opção a seguir. E como diz aquele bordão: a primeira impressão…

ESCOLHE A BÊNÇÃO

Apesar dos fatores que têm sido determinantes para uma gama de pessoas optar pela maldição, o Senhor nos instiga em Dt 30:19 a escolher a bênção, comparando-a à própria vida: “escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.

Em Sl 109:17, o salmista Davi anuncia a recompensa daqueles que escolhem a maldição: “Amou a maldição, ela o acompanhe; não quis a bênção, aparte-se dele”. Portanto, conclui-se que aquele que opta pela maldição sempre a terá por perto, enquanto a bênção passará ao largo.

Em sua profecia contra os sacerdotes, Malaquias (2:2) afirma: “Se o não ouvirdes e se não puserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.”

CONCLUSÃO

Se você concorda que, apesar de declarar repetidas vezes que deseja “ser uma bênção”, que deseja “ter uma vida abençoada”, “um trabalho abençoado”, “uma família abençoada”…, ainda continua preferindo a maldição, que tal, agora, você sair da retórica e passar à prática?

O Senhor é Soberano, é verdade. Mas, ele continua deixando a critério dos homens a escolha: “escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Se você fizer essa escolha agora, terá garantida uma morada na Cidade Santa, onde “nunca mais haverá qualquer maldição.” (Ap 22:3

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Mensagem proferida na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 22/11/2009.
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