segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

À mesa com Jesus


Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. (Mt 26:17-29 NVI)

O episódio da Ceia do Senhor com seus discípulos é, sem dúvida, um dos mais sublimes relatos presentes no Novo Testamento. Primeiramente, por se tratar do último encontro do Mestre com os seus doze discípulos, antes de ser morto. Além disso, trata-se do momento em que o Senhor institui a ceia como uma das marcas da Sua Igreja.

Unidade com o Mestre

“Ao anoitecer, Jesus estava reclinado à mesa com os Doze.” (Mt 26:20)

O momento em que a Igreja se reúne para participar da Ceia, assim como na última ceia de Jesus com seus discípulos, é especial primeiramente porque significa que temos unidade com o Senhor.

É sabido que Jesus tinha bem mais do que doze discípulos (Lc 8:1-3; 10:1; Jo 7:52-52; 19:25; 19:38-41; At 1:14). Entretanto, todos os evangelhos nos deixam entender que apenas os Doze se faziam presentes durante a realização da Páscoa de Jesus. Veja que isso não significa que os outros (as mulheres inclusive) não tinham comunhão com o Senhor, mas foram os doze apóstolos que receberam as “chaves” do Reino, que se tornariam os continuadores do ministério do Mestre.

Comunhão entre os discípulos

“Recebendo um cálice, ele deu graças e disse: Tomem isto e partilhem uns com os outros.” (Lc 22:17)

Além de um momento de unidade com o Senhor, a ceia é uma grande oportunidade para fazer o que o próprio Jesus disse aos doze no texto acima: “partilhar uns com os outros”.

Quando participamos da ceia, estamos mostrando nossa comunhão com os outros discípulos de Jesus, independentemente da posição social, da cor da pele, do nível cultural ou da formação.

Comissionamento

“E eu designo a vocês um Reino, assim como meu Pai o designou a mim.” (Lc 22:29)

Essa frase de Jesus, no relato de Lucas, é a síntese da chamada grande comissão (Mt 28:19; Mc 16:15). Em outras palavras, o Senhor está dizendo que, assim como foi comissionado pelo Pai para anunciar o Reino, cada um de nós recebe dele mesmo esse mesmo chamamento.

Tomar a ceia é lembrar que somos chamados para uma grande obra, para anunciar a Jesus como Senhor do Reino.

Visão de futuro

“Pois eu digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus.” (Lc 22:18)

O texto acima pode aceitar duas compreensões: primeira, que aquela seria a última ceia dos discípulos com o Senhor, antes do início oficial o Reino (a Igreja); segunda, que seria a última ceia antes de chegar o Reino de Deus (o reino celestial). As duas acepções apontam para o futuro, para o amanhã.

Participar da Ceia do Senhor é viver o presente, pensando no futuro, no amanhã; é pensar na expansão do Reino, na volta de Jesus (“até que ele venha”).

Conclusão

Estar à mesa com o Senhor é, ao mesmo tempo, desfrutar de sua presença, alegrar-se com a companhia dos outros discípulos de Jesus, aceitar o chamado de Cristo para anunciar o Reino e olhar para o futuro, até que ele venha.

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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 03/07/2016, durante o culto de Ceia do Senhor.
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