sábado, 31 de dezembro de 2011

O Deus das Alianças

"A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança." [Sl 25:4]
Se alguém perguntar qual é o tema central da Bíblia, seguramente, você responderá que é o amor de Deus por todos os homens. E esse tema permeia todos os seus livros, em cada história e seus personagens. Entretanto, não podemos perder de vista que há vários temas em evidência nas Escrituras. Poderia arriscar que, depois do amor, o tema mais forte encontrado nos textos sagrados é ALIANÇA.

Quer um exemplo? Sabemos que a divisão principal da Bíblia é Antigo e Novo Testamento. Agora, você sabia que o termo “testamento” pode ser substituído por “aliança”, “pacto”, “acordo”? Sendo assim, podemos dizer que a Bíblia se divide primariamente em Velha e Nova Aliança, conforme lemos em 2 Co 3:6,14: “o qual nos habitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica.[…] Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido.”

CARACTERÍSTICAS DE UMA ALIANÇA

Por definição, aliança pressupõe pacto, acordo; quando aliançados, portanto, com alguém, temos com essa pessoa um compromisso com validade indeterminada. Isso significa que uma aliança, em geral, é firmada com o propósito de ser eterna. Não é à toa que a figura que caracteriza a aliança é um círculo: nunca termina, ou pelo menos não se pode determinar o seu fim. Por esse mesmo motivo, o circulo tem sido usado há séculos no Cristianismo como símbolo da eternidade, conforme lemos nas edições da tradução Revista e Atualizada (RA) da Bíblia, sendo também usada como logomarca dessa versão (imagem ao lado).

Toda aliança passa pela “cláusula” da concessão: sempre há algo de que temos de abrir mão. Aliás, é esse um dos principais motivos porque algumas alianças não perduram. Poucos estão dispostos a deixar de satisfazer certos prazeres ou vontades.

Aliança implica sujeição (não necessariamente no sentido de subserviência), na medida em que existem condições a serem respeitadas em prol da sua permanência.

Outro aspecto das alianças é que sempre elas vem acompanhadas de promessas, de todas as partes, o que também constitui as suas condicionantes.

ALIANÇAS NA BÍBLIA

Como já foi dito, o tema aliança é recorrente na Bíblia. Não seria razoável, portanto, explicitar todas as alianças encontradas nas Escrituras. Todavia, vale destacar as principais:

Adâmica

A primeira aliança que se tem conhecimento no mundo dos homens foi aquela firmada entre Deus e Adão (Gn 2:5-20). Esta primeira aliança incluía visitas diárias de Deus a Adão, o que significa uma convivência amigável entre Criador e criatura; incluía ainda uma certa dose de autonomia do homem, na medida em que este deveria atribuir aos animais o nome que quisesse. Observemos que nada obstante Deus tenha dado várias atribuições ao homem, deu-lhe apenas uma restrição (Gn 2:16-17). Sinal da aliança de Deus com Adão: o fruto.

Pré e Pós-Diluviana

Tendo sido a primeira aliança quebrada pelo primeiro homem, estabelece Deus uma nova, com Noé e sua família, aliás, duas: a primeira, antes do dilúvio (Gn 6:18) e a segunda, depois dele (Gn 9:9-17). Sinal da aliança de Deus com Noé: o arco-íris.

Abraâmica

A aliança de Deus com Abraão tem início com o seu chamamento (Gn 12), passando pela declaração enfática dos termos da aliança (Gn 15:18;17:1-21), o que inclui a mudança de seu nome e o de sua mulher (Gn 17:5,15). Vale lembrar que a mudança do nome de Abrão para Abraão, apesar de parecer sutil, trouxe à tona a síntese do propósito de Deus para a vida daquele homem: Abrão = “pai exaltado”; Abraão = “pai de multidão”. Com relação à troca do nome de Sarai para Sara, não existe unanimidade: alguns sugerem que o nome Sarai significa “minha princesa” e Sara, “princesa”, ao passo que outros defendem que Sarai seja originário de uma raiz hebraica que significa “brigar”, “contender”. Em todo caso, o importante mesmo é saber que a mudança do nome de Sarai significava que Deus a estava incluindo na aliança. Sinal da aliança de Deus com Abraão: a circuncisão.

Mosaica

Apesar de Moisés não figurar entre os grandes patriarcas do povo de Deus, é inegável que seu papel foi fundamental para o povo: foi ele escolhido para ser o libertador (Êx 3:10) e guia do povo pelo deserto, além atuar ainda como o porta-voz de Deus (Êx 33:11) e aquele que entregou a Lei de Deus à nação judaica (Êx 24:12). No aspecto de libertador e guia, temos em Moisés mais uma figura profética de Cristo, ao mesmo tempo em que o povo peregrino prefigura a igreja de Deus, que ruma à terra prometida celestial. Sinal da aliança de Deus com Moisés: a arca.

Davídica

Davi é uma daquelas personagens centrais da Bíblia, que também é um modelo profético. Todos concordam que Davi foi um homem “segundo o coração de Deus” (At 13:22; cf. Jr 3:15). A aliança de Deus com Davi tem início, conforme cremos, bem antes de seu nascimento: o nascimento de Obede (Rt 4:17) já prenunciava a vinda daquele que estabeleceria a adoração como modelo para todo o Israel, chegando até os cristãos de hoje. Sinal da aliança de Deus com Davi: o templo.

Cristã

Também chamada de nova aliança (Hb 9:15), a aliança de Deus com toda a humanidade tem em Jesus, o próprio Filho de Deus, a representação do amor dele pelos homens, sendo o sangue de Cristo o sinal dessa última aliança (Lc 22:19-20).

CONCLUSÃO

Desde o princípio do mundo, vemos um Deus que sempre buscou meios de firmar alianças com a sua criação. É importante observar que todas essas alianças, na realidade, mais do que alianças feitas com homens individualmente, foram firmadas com todo o povo de Deus ou mesmo com a humanidade.

Nosso Deus é um Deus de alianças; um Deus que, a qualquer custo, busca pactuar com os homens.

Além da aliança firmada com todo o seu povo, Deus tem uma aliança com cada um dos que creem em Jesus. Se ainda não tem, faça um pacto você também com o Senhor, a partir de hoje.

A Ele toda a glória!
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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 04/12/2011.
Referências:
  • http://www.biblia.com.br – versão Revista e Atualizada
  • A Bíblia Anotada, ed. Mundo Cristão
  • A Bíblia da Mulher, ed. Mundo Cristão/SBB
  • A Bíblia Explicada, ed. CPAD

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Uma igreja avivada


“Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia.” [Hc 3:2]

“Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” [Sl 85:6]

Já sabemos o que é o avivamento. Já conseguimos identificar o que não é avivamento, ou pseudo-avivamento. Agora, você já parou para pensar nas características de uma igreja avivada? Já se questionou sobre como se dá o “processo do avivamento”?

1.        O Avivamento não é um momento estanque, mas um processo

O avivamento não é (ou pelo menos não deveria ser) um momento, ou um fato, ou um evento específico. O avivamento não pode ficar limitado no tempo e no espaço. O avivamento não tem a ver com uma época do ano ou da vida. O avivamento não deve ser um momento estanque, mas um processo: o “processo do avivamento”. E por processo, entendamos que não nasce pronto e acabado.

Vários pregadores e estudiosos citam o exemplo da festa de Pentecostes (At 2) para defender que o avivamento ocorre de repente. Mas, a grande questão não é o início, mas o vem depois dele.

2.      O avivamento deve acontecer todos os dias
 
Grande parte das igrejas apresenta duas fases de avivamento:

A fase do “já foi”: É comum ouvirmos alguém comentando que tal igreja ou pessoa foi avivada. Ora, o avivamento deve ser uma marca da igreja, assim como da pessoa que teve um encontro com o Salvador (“Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” – Jo 5:21). Tem que acontecer no dia a dia. Cada experiência da igreja deve ser encarada como uma oportunidade para que o avivamento se manifeste na vida dos membros.

A fase do “um dia”: Outro grupo de igrejas está ainda esperando o avivamento acontecer, como algo que todo mundo aguarda, mas não sabe exatamente se vem ou quando vem. O profeta Oséias expressou bem esse pensamento: Os que se assentam de novo à sua sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano” (Os 14:7). O avivamento não é uma quimera. Não se trata de uma utopia (literalmente, “um lugar que não existe”). Tampouco é algo que o Senhor deseja operar apenas no fim dos tempos.

3.      O avivamento é operado por Deus, mas experimentado pela igreja

Existem coisas que o homem faz, com a concordância de Deus. O avivamento é algo que Deus faz, com a concordância dos homens. Não é suficiente que Deus queira realizar o avivamento na igreja. Mas é imprescindível que a igreja deseje o avivamento. E é aí que reside a maioria dos problemas pessoais e eclesiais: se o homem não quiser, dificilmente Deus vai operar – “E (Jesus) não fez ali (Nazaré) muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13:58).

4.      O avivamento deve envolver todos as áreas da igreja

Dentre as diversas visões errôneas acerca do avivamento, popularizou-se aquela em que a igreja avivada é sinônimo de animação (cânticos ritmados, bater palmas, danças, gritos de guerra etc.). Não podemos negar que isso faz parte, mas é exatamente isso: apenas “parte”. O verdadeiro avivamento tem o poder de alcançar todos os setores da igreja: do ministério de louvor ao de intercessão, do ministério de dança ao ministério de limpeza e conservação, do ministério pastoral ao de contribuição e ação social.

Conclusão:

O avivamento deve ser uma realidade para a igreja dos nossos dias. Deus está movendo céus e terra para ver vidas e igrejas genuinamente avivadas, devotadas, transformadas. Mas esse avivamento tem de acontecer no dia a dia, cada vez mais intensamente; precisa que as pessoas desejem ardentemente experimentá-lo; requer que a igreja seja envolvida como um todo. Esse é o verdadeiro avivamento.
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* Palestra ministrada durante o Retiro Espiritual da Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 07/03/2011, cujo tema foi "Eu quero o avivamento".

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Regozijai-vos!



"Regozijai-vos sempre" [1 Ts 5:16]
O regozijo pode ser definido como o estado em que o espírito encontra-se animado, como resultado normalmente de uma situação, circunstância ou experiência vivenciada. Quando alguém está alegre, dizemos que essa pessoa está de bom humor. Entretanto, nem sempre a alegria (ou regozijo) pode ser atribuída a um evento. Primeiramente, porque há pessoas que têm um espírito jovial, ao passo que outras, aparentemente, já nasceram com propensão ao mal humor. Depois, há que se considerar ainda aqueles dias em que, inexplicavelmente, amanhecemos como verdadeiros derrotados; em outros, estamos com uma disposição invejável, distribuindo sorrisos e “bom dia” pra todo mundo. Em ambos os casos, não precisamos ter passado por nenhuma experiência para manifestar tais comportamentos.

Para Salomão, a alegria está entre as melhores coisas da vida: “Então, exaltei eu a alegria, porquanto para o homem nenhuma coisa há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; pois isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da vida que Deus lhe dá debaixo do sol.” (Ec 8:15)

Diante disso, precisamos responder algumas perguntas:
  Alegria e tristeza são incompatíveis?
  Existe um momento propício ao regozijo?
  Até que ponto as circunstâncias definem o nosso grau de alegria?

ALEGRIA, APESAR DA TRISTEZA...

Sem querer polemizar, podemos seguir na contramão do senso-comum, que põe sempre a alegria como oposta à tristeza. Quando os alicerces do segundo templo dos judeus foram lançados, muitos judeus mais velhos ficaram decepcionados. O que deveria ser motivo de alegria para todo o povo demonstrou-se uma verdadeira lástima para muitos: “Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os alicerces desta casa; muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria.” (Ed 3:12)

Outro exemplo diz respeito às provas e tribulações em nossa vida. Não é raro passarmos por momentos de reveses, insatisfações e lutas que parecem não terminar. Nessas horas também não é difícil perdermos o controle da situação e, principalmente, do bom humor. Mas, vejamos: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hb 12:11) e ainda: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg 1:2).

O TEMPO DA ALEGRIA

No tempo das peregrinações do povo de Israel, o Senhor os repreende duramente porque não estavam reconhecendo a provisão de Deus na vida deles: “Porquanto não serviste ao SENHOR, teu Deus, com alegria e bondade de coração, não obstante a abundância de tudo.” (Dt 28:47)

É bem verdade que, como diz o sábio Salomão, “há tempo de chorar e tempo de pular de alegria” (Ec 3:4). Entretanto, alguns textos da palavra nos fazem crer que a alegria deve ser predominante em nossa vida:
“Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” (Sl 30:5)
“Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria” (Sl 30:11)
“Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria.” (Is 61:7)
“Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” (Jo 16:20)

A ALEGRIA NÃO É CIRCUNSTANCIAL

Ora, se há momentos em que a alegria pode suplantar a tristeza e ainda pode perdurar apesar desta, podemos concluir que a alegria não é circunstancial. Em outras palavras, a alegria não depende de uma situação favorável para ser predominante. Primeiramente, porque a alegria é fruto do Espírito (Gl 5:22). Além disso, a alegria é uma marca daqueles que crêem em Deus:
“Os justos, porém, se regozijam, exultam na presença de Deus e folgam de alegria.” (Sl 68:3)
“Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.” (Sl 100:2)
“A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.” (Pv 10:28)
“…porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.” (Ne 8:10)

CONCLUSÃO

Regozijai-vos sempre! É este o imperativo de Deus para nossa vida. Alegremo-nos, ainda que a situação não pareça favorável, ainda que todos gritem em contrário, ainda que tudo o mais conspire contra nós, ainda que a tristeza pareça não ter fim, ainda que as lutas e provações sejam crescentes. (Hc 3:17-18)
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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 04/09/2011, quatro dias antes de o autor deste blog passar por uma cirurgia no joelho.
Referências:
http://www.bibliaonline.net

domingo, 14 de agosto de 2011

O Melhor Pai do Mundo


E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: “Aba, Pai”. (Gl 4:6)
Os pais, em geral, são a inspiração dos filhos. Afinal, quantos filhos não consideram seu pai um verdadeiro herói? E quantos de nós nunca desejamos ser como o nosso pai quando crescêssemos? Quantos filhos não seguem até mesmo a profissão do pai? É bem verdade que existem muitos filhos decepcionados, frustrados, magoados, alguns até mesmo desejando abandonar a casa, tudo por causa da atitude do pai (ou a falta dela). Há pais que maltratam, que ofendem, que machucam, que inspiram desconfiança e raiva nos filhos; há aqueles que abusam, que humilham, que exploram, que espancam, que abandonam… Para essa categoria de pai, os filhos são nada mais do que um acidente, algo indesejado.
O DIA DOS PAIS
O dia dos pais, como sabemos, é comemorado no segundo domingo do mês de agosto. Ocasião essa em que os filhos oferecem presentes e homenagens para demonstrar todo o seu amor e carinho por ele. O que muitos não sabem é como e quando começou essa tradição.
A primeira referência que se tem conhecimento sobre homenagem ao pai remonta há mais de 4 mil anos, na antiga Babilônia, quando um jovem conhecido como Elmesu moldou em argila o primeiro cartão, no qual desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
Historicamente, a comemoração do dia dos pais teve início no ano 1909, nos Estados Unidos, quando Sonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que nutria por seu pai, William Jackson Smart. A partir daí, o interesse pela data foi sendo difundido por todo o estado de Washington, até se tornar uma festa nacional, mas foi oficializado apenas em 1972, pelo presidente Richard Nixon. No Brasil, o dia dos pais foi celebrado pela primeira vez em 16 de agosto de 1953, sendo a idéia atribuída ao jornalista Roberto Marinho, motivado por fins comerciais. Outros atribuem a idéia da importação do dia dos pais ao publicitário Sylvio Bhering, tendo sido comemorado pela primeira vez em 14 de agosto daquele mesmo ano.
Outro detalhe, igualmente curioso, é que apenas no Brasil o dia dos pais é comemorado no segundo domingo de agosto. Grande parte dos países comemora no terceiro domingo de Junho, dentre os quais: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão, França, Holanda, Argentina, Chile, Colômbia e México.
O MELHOR PAI DO MUNDO
Quais as qualidades de um bom pai? O que eu posso fazer para ser reconhecido como o melhor pai do mundo? Apesar de concordarmos que, como pais, devemos buscar a excelência no exercício do “ministério da paternidade”, precisamos reconhecer também que nossas limitações nos distanciam do arquétipo de pai.
O melhor pai do mundo…
a) é aquele que exerce a função de provedor (Sl 127:2; Mt 6:26)
b) é aquele que nem sempre nos dá aquilo que pedimos, mas aquilo que precisamos (Mt 7:7; Tg 4:3)
c) é aquele que disciplina, quando necessário (Ap 3:19; Pv 13:1)
d) é aquele que é o amigo de todas as horas (Jo 15:14,15)
e) é aquele que aconselha (Sl 32:8; Jó 12:13)
f) é aquele que festeja cada vitória e conquista nossa (Mt 25:21)
g) é aquele que alimenta os nossos sonhos (Sl 37:4)
h) é aquele que vela dia e noite por nós (1 Pe 5:7; Sl 40:17)
i) é aquele que está sempre presente (Mt 28:20)
j) é aquele que dá testemunho de nós (Jó 1:8)
k) é aquele que luta por nós (Dt 3:22; Ne 4:20)
l) é aquele que paga um alto preço por nós (1 Co 6:20)
m) é aquele que entrega o único filho em favor de muitos (Jo 3:16)
CONCLUSÃO
No nosso ideário de filhos, podemos atribuir diversos adjetivos ao nosso pai: herói, amigo, companheiro, conselheiro, guerreiro… Alguns, porém, pela ausência da figura paterna, buscam esses atributos em outras pessoas. Independentemente do respeito e admiração que tenhamos pelo nosso pai, há que se considerar as suas imperfeições.
Mas, o Pai das Luzes, o Pai da eternidade, o Pai do Céu é aquele em quem podemos confiar, em todo tempo. Ele é o nosso suficiente pai, que não nos decepciona, que supre as nossas necessidades, que nos sustenta, que nos dá a vida e o seu perdão.
Aceite o chamado do Papai do Céu, a quem nosso espírito clama: Aba, Pai! Ele quer te receber como filho por adoção (Rm 8:15).
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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária, no culto de celebração de domingo, 14/08/2011, dia dos pais.
Referências:

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vida com Propósitos


"Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas quem tem discernimento os traz à tona." [Pv 20:5 - NVI]

Propósitos são alvos que estabelecemos ou que nos são propostos. Quando falamos sobre os propósitos de determinada ação ou tarefa, de determinada profissão ou função, estamos falando acerca dos motivos finais, da razão pela qual se está trabalhando. Assim, agir com propósito torna-se diametralmente oposto a fazer as coisas “sem querer”, “à toa”, ou ainda de “qualquer jeito”. Na medida em que pautamos nossas atitudes por propósitos bem firmados, estaremos norteando (literalmente, “dando um Norte”, fazendo referência a seguir “para cima”) nosso caminho.

É muito provável que você já tenha ouvido falar no pastor norte-americano Rick Warren. Ele é pastor da Igreja de Saddleback, na Califórnia, e autor dos livros “Uma Igreja com Propósitos” e “Uma Vida com Propósitos”, best-sellers tanto nos EUA quanto no Brasil, com mais de 40 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. O livro “Uma Vida com Propósitos” apresenta uma jornada de 40 dias, com cerca de 1.200 citações bíblicas, de 15 traduções diferentes da Bíblia (a maioria sem versão para o português), para mostrar que não fomos criados por acaso, que Deus criou a cada um de nós com um propósito bem firmado. No capítulo 2 – Você não é um acidente, o autor faz referência a uma citação de Albert Einstein que diz: “Deus não joga dados”, defendendo que antes de sermos formados, Deus já havia planejado como seríamos.

Apesar de controvertido, sobretudo quanto ao uso de algumas citações bíblicas extraídas de versões alternativas (como é o caso da The Message), o livro não deixa de ser uma boa leitura para aquele que deseja saber mais sobre o propósito para o qual foi criado.

VAMOS VER NO QUE VAI DAR…
É comum esbarrarmos com pessoas que dizem assim: “Vamos ver no que vai dar…”, ou ainda: “Vamos ver se vai dar certo…”, ou pior: “Vamos deixar como está para ver como fica”. Percebe-se que pessoas que pensam assim jogam no time dos “sem propósitos”. Nesse caso, sem propósitos tem o mesmo significado de “sem sentido”.

Quando somos desafiados a realizar algo, precisamos partir do princípio de que é fundamental ter um propósito estabelecido. Não é razoável que já saiamos como um navegador que entra em uma jangada e, sem leme e bússola, parte sem saber ao certo o que encontrará, sendo levado pela onda e pelo vento.

Muitos se aventuram em realizar determinada tarefa, com o pensamento de que o alvo é inalcançável. Quantos você conhece que vão prestar vestibular ou mesmo outra prova de conhecimentos que já saem com o pensamento do “vamos ver…”? É preciso acreditar! Essa mentalidade já coloca a pessoa no grupo dos derrotados, por antecipação.

QUEM NÃO SABE AONDE QUER CHEGAR…
Alguém disse que “quem não sabe aonde quer chegar não chega a lugar nenhum”. Apesar de concordar, prefiro a outra versão: “quem não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve”. Voltando à metáfora do navegador, ou melhor, do jangadeiro, é extremamente importante definir claramente aonde pretendemos chegar, o que pretendemos alcançar, o prêmio ou recompensa que queremos garantir. Se não for assim, teremos de nos contentar com qualquer coisa.

Você já parou para pensar na quantidade dos jovens que disputam uma vaga na universidade pela primeira vez, às vezes até mesmo os que já estão lá dentro, que não sabem ao certo o que querem? Quantos desses sairão péssimos profissionais? Isso sem falar naqueles que desistirão no meio do caminho.

CUIDADO COM O JACARÉ
Em artigo publicado na Revista Você S.A., edição 97, o professor e consultor Luiz Carlos de Queiroz Cabrera, apresenta a metáfora do jacaré: Como profissionais, fomos contratados para realizar a complicada tarefa de drenar o pântano. Com toda dedicação, você começa o seu trabalho de drenagem, até perceber que no pântano existem jacarés. Em determinado momento, um jacaré morde sua perna. Então você pára o que está fazendo pra matar o jacaré. Ao longo do dia, vai chegando à conclusão de que existem mais jacarés do que você imaginava. E, ao final do dia, olha pra trás e percebe uma grande quantidade de jacarés mortos. E quanto ao pântano? Bem, você percebe também que, apesar de ter matado tanto jacaré, o pântano continua do mesmo jeito: precisando de drenagem. O jacaré da estória é o nosso dia-a-dia, são as chamadas picuinhas que aparecem ao longo do dia para nos tirar o foco.

Veja que matar o jacaré não é o problema. A questão é que o nosso propósito não é matar jacarés, e sim drenar o pântano. Ocorre que passamos tanto tempo matando jacarés, que esquecemos do nosso objetivo principal.

CONCLUSÃO
Viver uma vida com propósitos é estabelecer uma meta a cada dia. É ter em mente sempre o propósito final de tudo o que nos propomos a realizar. Vejamos alguns princípios que nos ajudarão a viver com propósitos:
1)   Antes que realizar qualquer atividade, identifique o objetivo final daquela tarefa. O profeta Isaías diz: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Is 26:3);
2)   Considere o fator tempo. A Bíblia diz que “há tempo para todo propósito debaixo do sol” (Ec 3:1);
3)   Avalie os riscos. Isso também pode significar “não dê um passo maior que sua perna”. O livro de Provérbios trás um exemplo prático dessa verdade: “Não estejas entre os que se comprometem e ficam por fiadores de dívidas, pois, se não tens com que pagar, por que arriscas perder a cama de debaixo de ti?” (Pv 22:26-27);
4)   Não permita que os jacarés façam você se desviar do seu propósito maior. Em um momento crucial de sua vida, Jó declara: “Os meus dias passaram, e se malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração.” (Jó 17:11);
5)   Considere os propósitos de Deus. No livro de Provérbios encontramos: “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor prevalecerá” (Pv 19:21);
6)   Tire proveito de toda e qualquer situação. Porque “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que ama a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).
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* Esta mensagem foi pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, no culto de celebração do dia 10/07/2011, e na Igreja do Evangelho Quadrangular - Cohab - Icoaraci, em 05/05/2012, durante o culto do grupo missionário de adolescentes daquela congregação.
Referências:

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vida ou Morte?


"Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição." [Dt 30:15 - NVI]
 A época e a sociedade em que vivemos têm dado uma ênfase acentuada na qualidade de vida. Com exceção do período pré-diluviano, em que os homens viviam 800 anos em média, segundo os relatos bíblicos, nunca homens e mulheres viveram tanto na História. Há cem anos, a expectativa de vida girava em torno de 40 anos. Hoje, as projeções segundo especialistas estão entre 70 e 80 anos. E a tendência é aumentar gradativamente, como conseqüência do avanço da ciência, da descoberta e concepção de novos e potentes medicamentos, dos programas de qualidade de vida – dentre os quais os chamados QVTs (Qualidade de Vida no Trabalho), tão em voga nas empresas. De acordo com os estudiosos, daqui a vinte ou trinta anos, haverá mais idosos do que jovens, pela primeira vez no mundo. Paradoxalmente, a incidência de doenças conhecidas como “mal de velhice” aumentará exponencialmente.
Diante disso, surgem questões cruciais: O que é vida? O que é a morte? A morte é, de fato, o fim da vida? Segundo o senso comum, a morte ficou desenhada em nossa mente como aquela imagem de um ser fantasmagórico, usando capuz e uma foice, com a qual ninguém deseja encontrar, embora seja inevitável. Muitos apregoam que a morte encerra a vida, outros que a morte apenas a interrompe. Há quem diga que a vida começa mesmo após a morte.

ALGUMAS FRASES SOBRE A MORTE
“Se a morte fosse mesmo o fim de tudo, seria isso um ótimo negócio para os perversos, pois ao morrer teriam canceladas todas as maldades, não apenas do seu corpo mas também de sua alma.” (Jorge de Santayana, filósofo e ensaísta espanhol, 1863-1952)

“O fim da esperança é o começo da morte.” (Martinho Lutero)

“O dia que chegar, chegou. Pode ser hoje ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ela vai chegar.” (Joseph Stalin)

“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.” (Charles Chaplin)

“Se vale a pena viver e a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena.” (Pablo Picasso)

“O homem fraco teme a morte; o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.” (Paulo Coelho) 

VIDA OU MORTE?
Pois bem, os nossos conceitos de vida e morte talvez não condigam com o ponto de vista bíblico. Conforme veremos, biblicamente, vida e morte podem ser conceitos relativos.
Vida…
“Pois em ti está o manancial da vida.” (Sl 36:9) – Deus é a fonte de vida, o Criador da vida. Tudo o que tem vida, tem em Deus o seu Criador, desde a mais singela e inofensiva planta até a mais terrível criatura.
e Morte:
“Pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem.” (Ec 4:2) ­– Muitos vivos estão na verdade mortos e muitos mortos, vivos.
Vida…
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10:10) – Só Jesus Cristo tem a verdadeira vida, aquela que é abundante.
e Morte:
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.” (Rm 5:12) – O pecado é o gerador da morte.
Vida…
“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá sede.” (Jo 6:35) – Se Jesus é o pão da vida, só o que se alimenta dele tem a vida.
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.” (Ef 2:1) – Apenas os que estão em Jesus têm a vida, os que estão sem Ele, encontram-se em uma situação de “morte inconsciente”.
e Morte:
“Fomos, pois, sepultados com Ele (Jesus) na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” (Rm 6:4) – Quando alguém está morto para o mundo, vive para Deus. O contrário também é verdadeiro.

CONCLUSÃO – Mt 10:39
A vida sem Cristo representa morte, mas a morte com Cristo, vida. “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” (Dt 30:19)
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* Mensagem pregada em 05/06/2011, na Igreja de Cristo Missionária - ICM, durante o culto de celebração de domingo.
Referências:
Bíblia On Line Net. Disponível em: http://www.bibliaonline.net

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não Temas!


"Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!" (Mt 14:25-27).
O medo pode ser definido como a ausência de coragem e ousadia diante de situações, lugares, pessoas ou coisas. Pode ser também aversão a qualquer uma dessas situações.

Assim, medroso/a é aquele/a que se sente tímido ou inseguro diante de qualquer coisa ou pessoa que lhe apresente perigo.

Vale lembrar que, para a Ciência, o medo é benéfico ao homem, uma vez que funciona como um sensor, ou seja, detector de perigo ou ameaça. De acordo com os especialistas no assunto, não fosse o medo, não teríamos a noção de perigo e, consequentemente, estaríamos muito mais sujeitos a correr riscos.

Por outro lado, não é demais lembrar que o medo em demasia – conhecido como fobia – é uma anomalia, uma doença e, como tal, precisa ser tratada.

EU? MEDO DE QUÊ?

E você? Tem medo de alguma coisa? Muito provavelmente, sua resposta será positiva. Por outro lado, caso não concorde, esteja certo de que, mesmo não reconhecendo, você dificilmente fará parte do time dos chamados destemidos. Isso porque todos, em geral, temem alguma coisa. Vejamos alguns tipos comuns (outros nem tanto) de fobias¹:

Acrofobia ou aerofobia: aversão mórbida a alturas elevadas.
Agorafobia: medo de atravessar praças e outros espaços abertos.
Algofobia: medo de sentir dor.
Amaxofobia: medo de andar de carros.
Anuptafobia: medo de ficar solteiro.
Astrofobia: medo de trovões, relâmpagos e tempestades.
Ciberfobia: medo de computadores.
Claustrofobia: medo de recintos fechados.
Cinofobia: medo de cães.
Didascalinofobia: medo de ir à escola.
Ergofobia: medo de trabalhar.
Falacrofobia: medo de ficar careca.
Filofobia: medo de amar ou de se apaixonar.
Fobofobia: medo de ter medo.
Gamofobia: medo de se casar.
Gerontofobia: medo de envelhecer.
Ginecofobia: medo de mulher.
Harpaxofobia: medo de ser roubado.
Hematofobia: medo de sangue.
Hipopotamonstroequipedaliofobia: medo de palavras longas.
Iatrofobia: medo de ir ao médico.
Monofobia: medo de ficar sozinho.
Obesofobia: medo de engordar.
Pantofobia: medo de tudo.
Parascevedecatriofobia: medo de sexta-feira 13.
Patofobia: medo de ficar doente.
Penterafobia: medo de sogra.
Tanatofobia: medo da morte.
Xenofobia: medo de estranhos ou estrangeiros.

FOBIAS TÍPICAS ENTRE OS CRENTES¹

a) Eclesiofobia – medo de ir à igreja (Hb 10:25)

b) Bibliofobia – medo de livros (2 Tm 3:16)

c) Hamartofobia – medo de pecar (1 Co 6:18)

d) Homilofobia – medo de sermões (Rm 10:17; At 20:9)

e) Teofobia – medo de Deus (Hb 4:16; Hb 10:19)

RESPOSTAS DE DEUS AO MEDO

Na Bíblia, de acordo com a tradução Revista e Atualizada, encontramos 58 vezes a expressão “não temas” e 35 vezes, “não temais”. Isso mostra a importância dada por Deus ao assunto. Vejamos algumas das respostas de Deus ao medo:

a) Os tímidos e medrosos não estão prontos para a batalha (Jz 7:3; Dt 20:8)

b) Não precisamos temer diante de perigo iminente, pois o Senhor está conosco (Sl 23:4; 56:3-4)

c) Não importa o que aconteça, o Senhor é o nosso refúgio (Sl 46:1-3)

CONCLUSÃO


Quando você estiver se sentindo amedrontado por qualquer motivo, lembre-se de que existe um Deus Todo-Poderoso que vela por sua vida. Então, diga: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Sl 27:1).

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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 17/04/2011.
Referências:
[¹] FONSECA, João Soares da. Conta Outra: histórias para sermões e estudos criativos. Exodus. São Paulo: 1997. pp. 139-142.
Bíblia On Line Net. Disponível em: http://www.bibliaonline.net

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