quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Pra cego ver


Mc 10:46-52

“O que você quer que eu faça?”, perguntou Jesus. O cego respondeu: “Mestre, eu quero ver!” (Mc 10:51 NVI)

A cegueira já afeta 36 milhões de pessoas no mundo. Esse número chegará a 38,5 milhões, em 2020, e 115 milhões, em 2050.1

Você conhece ou convive com alguém que seja cego? Já tentou se imaginar sem poder contemplar a luz do sol ou mesmo olhar para as pessoas ao seu redor? Não importa a resposta que você dê, a cegueira é uma daquelas coisas absolutamente indesejáveis. Não raro, a pessoa cega depende de alguém para tudo o que precisa fazer.

Até Jó usou a condição do cego para expressar como estava se sentindo: “Eu era os olhos do cego e os pés do aleijado.” (Jó 29:15 NVI)

Vivendo às cegas

Como o cego caminhamos apalpando o muro, tateamos como quem não tem olhos. Ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos. (Is 59:10 NVI)

A expressão “às cegas” é comumente usada para designar aquilo que se faz inconscientemente, sem saber como ou por onde começar.2 O sentido é como o empregado pelo profeta Isaías, no texto acima.

Viver às cegas é não saber ao certo onde se está andando, com quem se está falando ou relacionando; é não ter certeza do que quer, tampouco onde quer chegar; é viver sem propósitos, sem alvos; é andar à deriva, tal qual um veleiro sem leme, tripulado por alguém sem bússola.

O pior cego...

Se um cego conduzir outro cego, ambos cairão num buraco. (Mt 15:14 NVI)

Dizem que “o pior cego é aquele que não quer ver”. O poeta e jornalista Luís Turiba fez uma versão, digamos, ambiental da frase, que diz: “O pior cego é aquele que não quer verde”.

Se você é homem, sabe o que isso significa. E as mulheres também sabem muito bem sobre essa disfunção tipicamente masculina: homens (quase) nunca encontram o que procuram. A explicação para esse comportamento pode estar em outra característica masculina: homens, em geral, não são detalhistas, como as mulheres.

Isso nos faz pensar nas pessoas que não conseguem perceber que estão no caminho errado. Pior ainda é quando essa pessoa tenta guiar os outros.

O cego Bartimeu

­­­- O que você quer que eu faça?
­- Mestre, eu quero ver! (Mc 10:51 NVI)

No texto de hoje, lemos a história do cego de Jericó. No relato do evangelho de Marcos, Jesus passava por aquela cidade, quando se deparou com gritos desesperados de quem desenvolveu uma audição aguçadíssima. Bartimeu ouviu o burburinho, as vozes admiradas dos curiosos, as palavras de aclamação, e o nome que tinha um grande significado para ele: Jesus!

Não se sabe, ao certo, se o filho de Timeu adquirira a doença ou se nascera com ela. O fato é que o problema o levou a um dos estados mais deploráveis de um ser humano: a mendicância.

Veja que isso tem um significado e tanto. Primeiro porque um mendigo é um alijado da sociedade; além disso, pode indicar que a própria família o desprezou.

Cegueira espiritual

O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Co 4:4 NVI)

O texto de Paulo aos coríntios, acima, responde à pergunta: por que tantas pessoas ignoram as verdades do evangelho e preferem viver como escravos de Satanás?

O mesmo Jesus que curou Bartimeu está passando. Mas, dessa vez, os cegos não estão clamando pela misericórdia dele. Ele é o mesmo Senhor que dá vista aos cegos, que levanta os abatidos, que ama os justos (Sl 146:8). Mas essas pessoas estão dizendo: “Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada”. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu. (Ap 3:17)

Que oremos para que a luz e a presença de Jesus cure toda cegueira deste século!
________________________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, 23/09/2018.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Frutos para o Reino



Mt 13:3-8;18-23

Como salientado em mensagem anterior, a Parábola do Semeador daria uma bela produção cinematográfica, não é mesmo? Coincidentemente, estamos na terceira mensagem sobre a famosa alegoria, que também poderia ser chamada de A trilogia do semeador ou ainda A Parábola do Semeador: uma trilogia.

Em A boa semente, foram apresentadas as características de uma semente eficaz; depois, foram conhecidos os quatro tipos de solo, enfatizando A boa terra; por fim, nos deparamos com o resultado que todos esperamos: o fruto.

O que são os frutos?

Encontramos uma quantidade razoável de passagens bíblicas que fazem referência ao ato de produzir frutos no Reino. Mas, o que, afinal, são frutos?

O primeiro entendimento que se tem, normalmente, é de que fruto, na linguagem bíblica, diz respeito a vida, alma. Assim, quando lemos “…eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça” (Jo 15:16 NVI), o Senhor estaria dizendo aos discípulos para conseguirem vidas para o reino. Certo? Não, exatamente. Entenda fruto aqui como a natureza e valor da árvore (no caso, a videira) manifesto nos galhos (discípulos).1

Pense no fruto do Espírito, apresentado por Paulo aos Gálatas. As nove virtudes (amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio) são aquilo que o Espírito de Deus produz naqueles que são guiados por ele. (Gl 5:22,23 NVI)

Portanto, o fruto está dentro daquele que o produz, e não fora dele. Pode ainda o fruto ser produzido no interior daqueles aos quais semeamos a semente do reino. Sob essa ótica, o fruto não seria o discípulo, mas o que nele for gerado, no tempo certo:

“Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.” (Sl 1:3 NVI)

Frutos bons ou frutos maus?

“Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins.” (Mt 7:16,17 NVI)

Toda árvore (pessoa) produz fruto, cada uma a seu tempo; alguns frutos não se aproveitam; outros, dão sementes, que por sua vez produzirão outras árvores, que produzirão mais frutos...

No Sermão do Monte (Mt 7:15-20), Jesus alertou seus ouvintes quanto aos falsos profetas, mas destacou que os mesmos seriam reconhecidos por seus frutos.

E você? Que frutos tem produzido? Se você está no reino, presume-se que seja uma “árvore boa”. Veja que, por “árvore boa”, não deve entender como uma pessoa “boa”. O reino de Deus, definitivamente, não é formado por pessoas “boazinhas”, por assim dizer. Nossa natureza é essencialmente má! (Mt 7:11) Foi por esse motivo que fomos chamados para o reino.

Produzindo frutos para o reino

“E Jesus terminou: - Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino.” (Mt 21:43 NTLH)

A analogia do fruto não poderia ser mais apropriada. Mesmo sem ter conhecimento nenhum de agricultura, sabemos que a produção de frutos depende de diversos fatores, um deles é o tempo. Cada cultura tem seu tempo, o que inclui a estação apropriada para a frutificação.

A produção de frutos no reino também segue o mesmo princípio. Não se pode exigir que uma pessoa recém-convertida produza frutos como aquele que já acumula anos na fé (apesar de isso ser totalmente possível).

A propósito, o evangelho nos conta um episódio curioso. Após sua entrada em Jerusalém, montado em um jumentinho, o Senhor teria ido à cidade de Betânia. Quando voltava para Jerusalém, teve fome, e ao ver uma figueira no caminho foi procurar frutos, mas só encontrou folhas. Então, amaldiçoou a figueira, que secou logo em seguida (Mt 21:19-20). A figueira é uma das três árvores usadas no texto bíblico para representar Israel (as outras duas são a videira e a oliveira)1. O motivo de o Mestre ter amaldiçoado a figueira é que aquele seria tempo de frutos (as folhas da figueira nascem junto com os frutos, o que significa que quando há folhas, haverá frutos).

Aí você pergunta: o que isso tem a ver comigo? É tempo de dar frutos, irmão! O Senhor está olhando para a sua vida e percebe folhas, mas onde estão os frutos?

A maldição da figueira indica a rejeição da uma nação sem frutos. Fomos chamado por Deus para ser nação santa (1 Pe 2:9) e frutífera:

“Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus.” (Rm 7:4 NVI)
_______________________________
1 McNair, E.C. A Bíblia Explicada. CPAD, Rio de Janeiro: 1983.
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 26/08/2018.

sábado, 31 de agosto de 2019

A boa terra



Mas algumas sementes caíram em terra boa. As plantas cresceram e produziram cem grãos para cada semente. (Lc 8:8 NTLH)

É sabido que a parábola foi um recurso estilístico usado pelos antigos rabinos judeus para elucidar algumas verdades. Trata-se de uma figura de linguagem comum na literatura oriental, que se utiliza de alegorias para transmitir ensinamentos para a vida.

Como um bom rabino, Jesus se valeu do mesmo recurso para o ensino do evangelho aos seus ouvintes e discípulos. Nos evangelhos, encontramos entre 40 e 50 parábolas. Algumas delas são apenas simples comparações, outras são estórias tão bem elaboradas que se confundem com histórias reais.

Vejamos a Parábola do Semeador. Sendo uma das mais conhecidas, foi a única que o Mestre interpretou, detalhadamente.

Num primeiro momento, refletimos sobre A boa semente, ressaltando a qualidade da mensagem que temos pregado e ensinado. Desta feita, pretende-se destacar a qualidade do solo onde a semente (Palavra) é semeada.

4 tipos de solo

Na narrativa, o Senhor destaca os tipos de solo em que a semente cai, ao ser lançada pelo semeador.

Em seu quinto livro sobre a Análise da inteligência de Cristo, o psiquiatra e pesquisador da Psicologia Augusto Cury defende que os quatro tipos de solo representam quatro tipos de personalidades distintas, ou ainda quatro estágios de uma mesma personalidade.***

O primeiro tipo de solo: a beira do caminho

O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. (Lc 8:5 NVI)

As que caíram à beira do caminho são os que ouvem, e então vem o Diabo e tira a palavra do seu coração, para que não creiam e não sejam salvos. (Lc 8:12 NVI)

O primeiro tipo de solo representa as pessoas que têm seu próprio caminho, que não estão abertas para algo novo, não estão dispostas a aprender; suas verdades são eternas e absolutas (Cury, p. 76). Por essas características, são presas fáceis para o inimigo (as aves).

O segundo tipo: o solo rochoso

Parte dela caiu sobre pedras e, quando germinou, as plantas secaram, porque não havia umidade. (Lc 8:6 NVI)

As que caíram sobre as pedras são os que recebem a palavra com alegria quando a ouvem, mas não têm raiz. Crêem durante algum tempo, mas desistem na hora da provação. (Lc 8:13 NVI)

O segundo tipo de solo representa aqueles que receberam rápida e alegremente a palavra (op. cit., p. 78), mas toda essa empolgação inicial não vem acompanhada de maturidade e firmeza (raiz). Diante das provações e privações (o sol, Mt 13:6), a pessoa não resiste e morre espiritualmente.

O terceiro tipo: o solo espinhoso

Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram com ela e sufocaram as plantas. (Lc 8:7 NVI)
As que caíram entre espinhos são os que ouvem, mas, ao seguirem seu caminho, são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não amadurecem. (Lc 8:14 NVI)

O terceiro tipo de solo representa pessoas profundas e sensatas, que permitiram o crescimento das sementes do perdão, do amor, da sabedoria… Elas suportaram as incompreensões, as pressões e dificuldades externas (op. cit., p. 81). O problema foi ter crescido entre espinhos (preocupações, riquezas, prazeres do mundo).

O quarto tipo: a boa terra

Outra ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colheita, a cem por um”. Tendo dito isso, exclamou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!” (Lc 8:8 NVI)

Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança. (Lc 8:15 NVI)

O último tipo de solo representa as pessoas que compreenderam a palavra, refletiram sobre ela e permitiram que ela habitasse em seu ser. Essas pessoas não são movidas apenas pelo entusiasmo das boas-vindas, mas pela disposição obstinada de aprender (op. cit., p. 85) (“com perseverança”).

Veja que as pessoas representadas pela boa terra não são aquelas consideradas, necessariamente, as mais inteligentes, cultas, puras ou éticas; são pessoas complicadas, com grandes defeitos, que já fracassaram inúmeras vezes, mas que deram abrigo à semente e demonstraram interesse em recomeçar.

Se compreendermos os tipos de solo como sendo a representação dos tipos de personalidades do homem, qual o tipo de solo que mais se assemelha ao seu coração?

Se o entendimento é de que os solos são estágios diferentes de uma mesma personalidade, em que estágio você se encontra?
_____________________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 22/07/2018.
** Páginas consultadas:
www.respostas.com.br, acesso em 22/07/2018.
www.significados.com.br/parabola, acesso em 22/07/2018.
*** CURY, Augusto. Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre Inesquecível, Sextante, Rio de Janeiro: 2006, pp. 73-87.

domingo, 30 de junho de 2019

A boa semente



“O semeador semeia a palavra” (Mc 4:14)

Quem tem um mínimo de conhecimento sobre agricultura, seja técnica ou empiricamente, sabe que uma plantação não depende apenas do ato de semear em si, tampouco apenas das técnicas, ou ainda somente do uso dos defensivos e insumos adequados. Mesmo que a pessoa disponha de todos esses elementos e ainda mais, se não tiver a semente adequada, o resultado dificilmente será satisfatório.

Por esse motivo, entidades como a Embrapa há anos desenvolvem conhecimento técnico e científico para a agropecuária brasileira, o que inclui a produção de sementes de alta qualidade, muitas delas até mesmo resistentes a pragas.

O texto citado é um excerto da conhecida parábola do semeador (também encontrada nos evangelhos de Mateus e Lucas). Nela, o Mestre compara o reino de Deus com o ato de plantar, demonstrando as possibilidades após a semeadura.

A semente é a Palavra

Quando questionado pelos discípulos acerca do significado da parábola, a primeira coisa que o Senhor destacou foi que a semente é a própria Palavra de Deus.

Em meio à grande quantidade de igrejas, ministérios e congregações espalhadas por aí, urge perguntar: que semente tem sido semeada? Que mensagem está sendo pregada? Estariam as igrejas pregando a mensagem “como ela é” ou apenas satisfazendo os anseios da “clientela”?

Há uma frase atribuída ao pregador britânico Charles H. Spurgeon que diz: “A Bíblia, toda a Bíblia, nada mais do que a Bíblia”. Não significa, necessariamente, que devemos ignorar outras fontes, mas que a Palavra de Deus é a essência.

A boa semente

O semeador semeia a palavra (Mc 4:14). Como saber se a semente é, de fato, boa?

Primeiramente, a boa semente é aquela que confronta. A mensagem de Deus e o evangelho de Jesus produzem um impacto na vida do homem. A mensagem (semente) precisa produzir desconforto. Certa vez, o Senhor foi tão veemente em seu discurso que os seus ouvintes se queixaram, fazendo com que muitos o abandonassem (Jo 6:60,66).

A boa semente é aquela que o coração do homem necessita, não necessariamente a que ele deseja. Muito nos alegra quando em determinadas circunstâncias ouvimos uma palavra vinda de Deus. Mas muitas vezes não é de consolo que precisamos; muitas vezes não é de elogios que precisamos. O evangelho não veio para alegrar o coração do homem (Mt 10:34-39).

A boa semente é aquela que não muda. Deus não muda (Tg 1:17); sua palavra também não. Vemos como um aspecto positivo a multiplicidade de igrejas e ministérios, porque oportuniza o conhecimento do evangelho por mais pessoas. Mas o lado negativo é que a “semente”, muitas vezes, acaba sendo adaptada, modificada, abrandada.

A boa semente é aquela que produz mudança para a salvação. O evangelho é o poder de Deus (Rm 1:16). Se o evangelho é poder, a mensagem precisa resultar em mudança. Muitos aceitam o evangelho, mas não estão dispostos a abandonar suas próprias vontades (Tt 2:11-12).

Conclusão: a lei da semeadura

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. (Gl 6:7-8 NVI)

Se a mensagem de Deus é uma semente e você é o fruto, que fruto ela produziu?
___________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 24/06/2018.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Escolhi esperar



“Descanse no Senhor, espere pacientemente pela sua ação.” (Sl 37:7 NVI)

Saber esperar é sem dúvida uma das melhores virtudes que uma pessoa pode ter. Em se tratando de cristãos, é um atributo desejável.

Quando a pessoa não sabe esperar, é comum o desencadeamento de frustrações e arrependimentos, após uma decisão irrefletida, sem falar do trabalhão para colocar as coisas no lugar de novo, isso quando é possível.

Não raras vezes, em nosso dia a dia, somos atormentados pela pressa, pela ansiedade, pela impaciência, pelo medo, pela dúvida. Esses, dentre outros, são os vilões de quem espera. Saber esperar, portanto, passa pela necessidade de conhecermos cada um desses inimigos.

A pressa é inimiga…

“Agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho.” (Pv 19:2 NTLH)

Não saber esperar, muitas vezes, nos leva a querer, a qualquer custo, antecipar as coisas. O resultado quase sempre é desagradável.

A má ansiedade

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Fp 4:6 NVI)

A ansiedade em si não é de todo má. Mas existe uma que encarcera a pessoa, que lhe rouba os sonhos, que lhe tira a paz. Essa ansiedade é nociva para quem espera porque tira o prazer.

Quanta impaciência!

“Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras.” (Pv 16:32 NTLH)

A paciência pode ser definida como “a arte de saber esperar” ou ainda “a habilidade de saber suportar”. Quando treinamos nossa paciência, estamos dizendo para nós mesmos que vale a pena esperar, que vale a pena aguentar um pouco mais.

Não temais!

“Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó SENHOR Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges.” (Sl 23:4 NTLH)

Assim como a ansiedade, existem pelo menos duas acepções para o medo: a primeira está relacionada com o instinto de sobrevivência, que é fundamental diante de situações de perigo iminente. Mas também existe o medo paralisante, aquele que nos desestabiliza emocionalmente, que nos tira a esperança.

Pra que duvidar?

“Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento.” (Tg 1:6 NVI)

Não se pode agradar a Deus sem fé (Hb 11:6). Dúvida é ausência de fé. Questões como: “será que vai dar certo?”, “vale a pena?” ou “será que vamos conseguir?” demonstram insegurança de quem está esperando, desencorajando-o a continuar.

Conclusão

“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42:5 ARA)

Independentemente do que você esteja esperando ou passando, o segredo está em esperar em Deus. Esteja você esperando uma resposta, uma oportunidade de emprego, uma cura, um milagre, não permita que inimigos como a pressa, a ansiedade, a impaciência, o medo e a dúvida lhe afaste do caminho. Espere em Deus!
___________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 29/04/2018.

domingo, 31 de março de 2019

Juízo ou perdão?



“Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”. (Jo 8:7 NVI)

O texto de Jo 8:1-11 narra um dos episódios mais emocionantes encontrados nos evangelhos. E, particularmente, apenas o evangelista João o registra, talvez pela proximidade que tinha do Mestre Jesus.

A narrativa é bastante conhecida pelos leitores da Bíblia e originou um bordão que se tornou adágio: “atire a primeira pedra”. Na história, os opositores de Jesus trazem à sua presença uma mulher flagrada em adultério, questionando-o sobre o que ele pensava sobre o assunto, diante da ordenança mosaica de punir os infratores com a morte por apedrejamento.

A Lei e o pecado do adultério

“Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres.” (8:6 NVI)

Primeiramente, há que se saber o que a Lei Mosaica fala sobre o assunto. A Torá, já no famoso decálogo, proibia o pecado do adultério (Êx 20:14; Dt 5:18). Em Levítico e Deuteronômio, encontramos que tanto o homem quanto a mulher estariam sujeitos à pena de morte (Lv 20:10; Dt 22:22-24).

Os profetas também usaram a figura do adultério para ilustrar o que o Eterno pensava sobre a infidelidade do seu povo. Malaquias exortou que ninguém deveria ser infiel à mulher de sua mocidade (Ml 2:11-16). Ezequiel acusa a cidade de Jerusalém (Israel) de se comportar como uma mulher infiel ao seu esposo (Deus) (Ez 16:1-41). Oséias, por sua vez, casou-se com uma mulher adúltera, a pedido do próprio Deus, também para protestar contra a infidelidade da nação israelita (Os 1:2-9).

Em se tratando da pena por apedrejamento (também chamada lapidação), curiosamente, apenas para alguns crimes sexuais: mulher que casa sem ser virgem (Dt 22:13-21), homem com mulher prometida em casamento (Dt 22:23-27), além de blasfêmia (Lv 24:14-23), idolatria (Dt 13:1-10; 17:1-5), necromancia/bruxaria/pitonismo (adivinhação) (Lv 20:27), rebeldia aos pais (Dt 21:18-21), sacrifícios de filhos (Lv 20:2) e desrespeito ao Sábado (Nm 15:35-36), estava prevista essa condenação. Ao que parece, dada a gravidade do ato, a tradição judaica teria estendido a punição ao adultério. Outra conclusão, igualmente factível, é que essa forma de condenação de outros pecados puníveis com a morte estaria subentendida, com exceção de casos em que um homem se deita com uma mulher e sua mãe, ao mesmo tempo, que deveriam ser queimados no fogo (Lv 20:14), ou ainda a filha de um sacerdote, quando estiver se prostituindo, também deveria ser queimada (Lv 21:9).

Vale lembrar que, no Brasil, desde 29 de março de 2005, o adultério deixou de ser um ato criminoso, apesar de ainda ser objeto de ações na esfera cível.**

Um fora da Lei?

“Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério… E o senhor, que diz?” (8:4-5 NVI)

É sabido que escribas e fariseus, apesar de chamarem Jesus de Mestre, não reconheciam sua autoridade. Mesmo assim, fazem questão de questioná-lo sobre o que deveriam fazer com a mulher pega em adultério. Não é engraçado? Ora, como sendo autoridades no assunto, bastava-lhes aplicar o que a Lei determinava. Pronto.

É evidente, como o próprio evangelista conclui, que a intenção era unicamente desacreditar o Senhor (Jo 8:6). Os líderes judeus consideravam o Mestre um subversor, alguém que, apesar de se autodeclarar filho de Deus, passava por cima das ordenanças mosaicas. Esse seria o argumento deles, caso Jesus resolvesse absolver a infratora. Por outro lado, se corroborasse o mandamento, teria sua compaixão questionada.

Veja que, do ponto de vista da legalidade, os líderes judeus estavam cobertos de razão: se houve infração à Lei, era justo que a mulher fosse punida. Mas, o que dizer do infrator? Se a mulher foi flagrada em ato ilícito, o seu companheiro também deveria receber a mesma punição (Lv 20:10; Dt 22:22-24). Mais uma razão para acreditar que o que estava em jogo, definitivamente, não era a aplicação da Lei, mas colocar em xeque o Nazareno.

Atire a primeira pedra

“Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”. (8:7 NVI)

Quem era a mulher da história? O que aconteceu com ela depois desse episódio? Aqui encontramos mais um personagem anônimo. Podemos imaginar que a mesma tenha se tornado uma seguidora do Mestre, e que sua vida nunca mais tenha sido a mesma a partir de então.

O fato é que a história dessa mulher reacende uma discussão: como estamos lidando com os erros dos outros? Qual é a nossa atitude diante daqueles que infringem a Lei de Deus? Temos enveredado pelo caminho dos líderes judeus, prontos para aplicar o juízo, sob a alegação do zelo pela Palavra? Ou temos optado pela via da indulgência, como fez o Mestre?

Ao que parece, nossas motivações têm se igualado àquela dos escribas e fariseus, sem considerar que também somos infratores, o que nos desqualifica como julgadores de quem quer que seja.

Não uma vez, Jesus foi criticado exatamente pelo tratamento que dava aos ditos “infratores”, e pela amizade que tinha com os “pecadores” (Mt 9:10-13; Lc 7:34; Lc 15:1-2; Mc 2:15-17). Quando era indagado, ele era categórico: “São eles que precisam”.

Igreja: um lugar de pecadores

Qual a definição que damos à igreja? Nada obstante o corpo de Cristo seja identificado como ajuntamento de “santos”, o que caracteriza a igreja é a presença de “pecadores”, de pessoas erradas, que precisam de Deus.

Por que será que Jesus insistia em estar na companhia de pessoas assim? Porque ele acreditava nelas. É disso que precisamos: acreditar nas pessoas, acreditar que elas podem melhorar, que elas podem mudar. Esse é o papel da igreja. Não fomos colocados nesse mundo para qualificar ou desqualificar ninguém.

Que Deus nos abençoe!
___________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 18/03/2018.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

O evangelho da conveniência


“Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego.” (Rm 1:16 NVI)

O que é o Evangelho para você? Existem algumas definições comumente aceitas para o termo. A mais conhecida, sem dúvida, é a que diz que “o Evangelho é a boa nova da salvação”, ou simplesmente “Boas Novas”. Há ainda aquela, digamos, menos etimológica e mais objetiva, que diz ser o Evangelho “um estilo de vida”, por estilo entenda-se aquele defendido e vivido por Jesus Cristo.

Talvez o que você queria realmente não era a pura e simples definição, mas o que o Evangelho representa, em termos práticos, para a vida da pessoa. Nesse caso, para grande parte da população crente, o Evangelho representa esperança: esperança de uma vida no porvir, esperança de salvação, esperança de ser aceito por Deus (e pelas outras pessoas), esperança de perdão, esperança de (re)conciliação, esperança de uma vida melhor, esperança de cura e libertação; há aqueles que veem o Evangelho como uma espécie de “rota de fuga”: fuga dos problemas, fuga das indesejáveis companhias, fuga das (ir)responsabilidades; fuga do pecado suas consequências, fuga da realidade; tem ainda aqueles que recebem o Evangelho como uma grande oportunidade: oportunidade de crescimento, oportunidade de (re)conhecimento, oportunidade de serviço, oportunidade de descobrir talentos e habilidades, oportunidade de relacionamento, oportunidade de ganho ou de lucro...

O Evangelho segundo a minha conveniência

Quem viveu o Evangelho nos últimos vinte ou trinta anos deve ter observado as principais mudanças e adaptações que ocorreram nesse tempo. Embora muitas dessas mudanças tenham sido normais e necessárias, algumas foram marcadas pela visão egoística e individualista, tão comum em nossos dias.

E como as pessoas, em geral, veem o Evangelho nos dias de hoje?

Primeiramente, o que se tem visto é uma legião de crentes ávidos por realização pessoal, tendo o Evangelho como ponte ou ferramenta para suprir as próprias necessidades. São pessoas que ainda não entenderam que o Evangelho não é sobre ser servido, mas sobre o quanto estamos dispostos a servir uns aos outros.

“Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.” (Mt 20:26-28 NTLH)

O Evangelho para essas pessoas se assemelha àquelas lojas de conveniência, comumente encontradas em postos de gasolina, rodoviárias e aeroportos. As pessoas entram, comem, bebem, servem-se e saem da mesma forma que entraram. Fazendo uma analogia com as nossas igrejas, seria como se a pessoa entrasse, sentasse, levantasse a mão e dissesse: “Pastor (ou irmão), traz uma bênção geladíssima!”.

Usando a mesma figura da loja de conveniência, o crente certifica-se de pegar apenas aquilo que lhe interessa, que lhe é importante. Em termos práticos, é como a pessoa que vai ao culto, mas só gosta do “momento do louvor”, ou ainda aquele que, nas igrejas que adotam esse modelo, não gosta do “culto de celebração”, mas ama a reunião da célula.

Outros veem o Evangelho como um lugar de “descarrego” (qualquer semelhança com alguma igreja por aí não é mera coincidência!): procuram-no para aliviar seus problemas e, quando não conseguem, saem decepcionados.

O Evangelho é o poder de Deus

“Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego.” (Rm 1:16 NVI)

Concordamos que no Evangelho também encontramos cura para nossas feridas, sejam elas no corpo ou na alma; que o Evangelho dessedenta aquele que se encontra em sequidão e pode saciar a fome (muitas vezes de comida mesmo); que o Evangelho pode ser a solução para os problemas relacionais e sentimentais de muitos; que no Evangelho o indivíduo encontra resposta para suas questões, inclusive existenciais.

Porém, mais importante do que isso, o Evangelho é o poder de Deus! É a grande oportunidade que o homem tem de servir a Deus e aos outros.

Você não vai, provavelmente, encontrar no Evangelho todas as respostas para suas questões, tampouco solução para todos os seus problemas; da mesma forma, nem todas as pessoas ao seu redor estarão dispostas a servi-lo(a). O Evangelho não se propõe a isso, mas é a ferramenta que Deus usa para salvar a todo aquele que assim deseja, todo aquele que reconhece que precisa de Deus.
_____________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 19/11/2017.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Resiliência


Lc 6:27-36

Resiliência? O que é isso mesmo? Isso tá na Bíblia?

É sério que você ainda não foi apresentado a essa palavrinha, que tem sido tão propalada ultimamente? Pois bem. Então vamos começar definindo.

Primeiramente, o termo tem origem na Física, e indica a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação (Priberam). Popularmente, é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, algum tipo de evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades (Wikipédia).

Em geral, somos resilientes quando adquirimos uma certa imunidade contra determinadas coisas, situações ou circunstâncias. Um exemplo é a pessoa que se acostuma a comer, digamos, pimenta in natura: o que, para alguns pode parecer uma tortura, para essa pessoa seria como comer uma saborosa fruta.

Outro exemplo, dessa vez do mundo animal, são aquelas criaturas que se alimentam de outros animais peçonhentos, como é o caso do Texugo do Mel ou Ratel, conhecido como o animal mais destemido da savana africana, por enfrentar até mesmo leões e se alimentar de cobras e escorpiões. Ao que parece, o ratel desenvolveu uma imunidade ao veneno dessas criaturas.

A resiliência no trabalho

Como vimos, o conceito de resiliência vem da Física. Mas, é no ambiente corporativo que o termo vem ganhando mais visibilidade.

Trabalho sob pressão, exigência por produtividade máxima, troca de chefia, competição, oposição de colegas, mudança repentina de função… Essas e outras situações aumentam a tensão e o estresse no trabalho.

De acordo com especialistas, atitudes como o autoconhecimento, o controle das emoções, a positividade, a flexibilidade e a empatia são qualidades daqueles que desenvolveram a resiliência no trabalho, sendo, portanto, o caminho para aqueles que a almejam.

Resiliência e vida cristã: tudo a ver?

Se você já compreendeu o conceito de resiliência, vai concordar que o Evangelho está permeado de princípios que são próprios da resiliência. Tem dúvida? Então releia o texto introdutório (Lc 6:27-36):

  • “Amem os seus inimigos”, “façam o bem aos que os odeiam” (27)
  • “abençoem os que os amaldiçoam”, “orem por aqueles que os maltratam” (28)
  • “Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra”, “Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar a túnica” (29)
  • “Dê a todo aquele que pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva” (30)
  • “Como vocês querem que os outros lhes façam, façam vocês também a eles” (31)
  • “Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta” (35)
  • “Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso” (36)


Veja que apenas nesse pequeno trecho da fala do Mestre, encontramos pelo menos dez recomendações de atitudes resilientes.

Quer mais um exemplo? Que tal conferir a jornada do nosso irmão Paulo? Poucos cristãos experimentaram tantas oposições e agruras como aquelas vivenciadas pelo nosso missionário (2 Co 11:23-33):

“São eles servos de Cristo? - estou fora de mim para falar desta forma - eu ainda mais: trabalhei muito mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez.
“Além disso, enfrento diariamente uma pressão interior, a saber, a minha preocupação com todas as igrejas. Quem está fraco, que eu não me sinta fraco? Quem não se escandaliza, que eu não me queime por dentro? Se devo orgulhar-me, que seja nas coisas que mostram a minha fraqueza. O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é bendito para sempre, sabe que não estou mentindo. Em Damasco, o governador nomeado pelo rei Aretas mandou que se vigiasse a cidade para me prender. Mas de uma janela na muralha fui baixado numa cesta e escapei das mãos dele.”

A resiliência é a marca dos fieis (Hb 11:32-40)

Todos conhecem o chamado capítulo da fé, encontrado na carta aos Hebreus. Além de citar personagens renomados como Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José e Moisés, o texto encerra com um apanhado geral de outros heróis da fé, homens e mulheres que tiveram feitos memoráveis, diante de situações adversas, demonstrando um alto grau de resiliência.

A resiliência é uma das marcas do verdadeiro cristão, que sofre todo tipo de oposição, que atravessa os mais diversos revezes da vida, que supera as mais dolorosas tribulações, as mais duras críticas, calúnias, acusações…

Desenvolva a resiliência. Assim, você estará mais próximo de ser um verdadeiro cristão.
_________________________
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 22/10/2017.
* Referências:


Powered By Blogger

Postagens populares

Seguidores do O Mensageiro

Pesquisar este blog

Translate

Notícias - O Verbo