segunda-feira, 30 de março de 2009

versus o "politicamente correto"


Introdão

O politicamente correto (em alguns casos, chamado de “política de boa vizinhança”) consiste em tornar a linguagem neutra, evitando-se assim uma atitude discriminatória e ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista.

Defensores do "politicamente correto" têm como objetivo tornar a linguagem mais neutra e menos preconceituosa. Em diversas áreas é típica a utilização de termos masculinos para situações que se aplicam tanto a homens como mulheres. Um exemplo do politicamente correto é a substituição do comum "Tribunal Europeu dos Direitos do Homem" pela frase neutra em termos de gênero de "Tribunal Europeu dos Direitos Humanos". O conceito filosófico do politicamente correto é que ao evitar a utilização destes termos discriminatórios estaremos a trabalhar para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

O politicamente correto tem sido uma questão estudada nos Estados Unidos desde a década de 1970, mas apenas começou a ser discutido na Europa na década de 1980. Muitas pessoas, eventualmente, igualmente opostas aos preconceitos, incomodam-se pelo surgimento de um conjunto monolítico de atitudes consideradas como corretas que são muitas vezes impostas de um modo inflexível e sem humor.[1]

Por que dizer que o politicamente correto é incompatível com a fé cristã?

Politicamente correto também tem a ver com assumir um comportamento ético. Todos devem concordar que a atitude da igreja tem de estar pautada na ética. Apesar disso, é extremamente necessário distinguir o comportamento ético da igreja de uma posição “politicamente correta”.

1) Há um só Deus – Não é politicamente correto declarar que “só o Senhor é Deus!”. A igreja teria de concordar/aceitar os outros “deuses” pagãos, ou seja, ídolos. E aí, vai encarar?

2) Só Jesus salva ­– Baseados em Jo 14:6 e 1 Tm 2:5, os cristãos concordam que Jesus é o único caminho. Mas isso quebra todos os protocolos do politicamente correto, na medida em que vai de encontro à máxima que diz: “todos os caminhos levam a Deus”.

3) A Bíblia é a palavra de Deus – Para aderir ao politicamente correto, a igreja cristã tem de esquecer essa idéia! Por que não aceitar também o Alcorão, o Livro de Mórmon, o Talmude, os Vedas (dos hindus)?

4) A igreja é a noiva – O Senhor Jesus deixou dito que viria buscar a sua noiva (Jo 14:2-3; Ap 19:7-9; Ap 21:2). Mas, dizer que a “noiva” é a igreja cristã soa um tanto preconceituosamente demais, além de revelar um alto grau de presunção. Isso significa que os outros movimentos também querem “um lugar ao sol”, o que inclui até mesmo movimentos ultra-contrários aos cristãos.

5) Deus fez somente homem e mulher – Os que assim pensam, estão embasados em Gn 1:27 e Mt 19:4. Entretanto, quando a igreja faz uso desse discurso, acaba por menosprezar a ala dos que defendem a livre opção sexual. Para eles, o conservadorismo da igreja nesse sentido é um atraso e deve ser abolido. Daí porque já existem várias igrejas e pastores que defendem a união de pessoas do mesmo sexo.

Conclusão

Estamos na era da globalização; na era do pluralismo; do relativismo; da multi-polaridade de conceitos. Apesar de tudo isso, a igreja não pode, simplesmente, abrandar seu discurso, em prol de angariar uma imagem “mais humana”, em favor do politicamente correto. Uma das características inseparáveis da igreja é andar na contramão do mundo. E isso não pode ser mudado, tendo como parâmetro as tendências da ocasião.

Lembre-se: “eles estão no mundo, mas não são do mundo.” (Jo 17:11, 12, 14)

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[1] Wikipédia - http://pt.wikipedia.org, acesso em 29/03/2009.

* Mensagem proferida na Igreja de Cristo Missionária, em 29/03/2009.

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