quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Comunhão


Eles se dedicavam ao ensino e à comunhão, ao partir do pão e às orações.”
(At 2:42 - NVI)

Por definição, quando falamos em comunhão, estamos nos referindo à capacidade de viver em comunidade; ter as coisas em comum com outrem, harmonia no modo de sentir, pensar, agir; identificação: comunhão de pensamentos; em que há união ou ligação; compartilhamento.

Comunhão não se trata apenas de estar em unidade com os outros, mas de desfrutar das mesmas coisas.

A Comunidade do Espírito

Desde os tempos bíblicos, a igreja é considerada a “Comunidade do Espírito”. A Palavra testifica que os irmãos “tinham tudo em comum” (At 2:44). Obviamente, muita coisa mudou.

Hoje, o que se percebe em muitas igrejas é um completo distanciamento entre as pessoas. Quando muito, a unidade se restringe aos círculos familiares da congregação. Os irmãos entram e saem muitas vezes sem sequer se cumprimentar. O resultado é um paradoxo: a pessoa se sente sozinha em meio a uma multidão, sobretudo em tempos de megaigrejas.

É preciso resgatar essa que é uma peculiaridade da igreja de Deus! E quer saber por quem deve começar? Por mim e por você!

Não deixemos de congregar

Uma das consequências dessa tendência da falta de comunhão entre irmãos é a evasão. Veja que isso não significa, necessariamente, o abandono ou afastamento para o “mundo” (ou seja, que o irmão está “desviado”). A evasão acontece quando o crente perde o interesse pela comunhão (ou então, quando percebe que ela não existe), ou ainda quando acredita que pode servir a Deus “em casa”.

Vale lembrar que, apesar de um irmão evadido não significar que está desviado, a evasão é o primeiro passo para que isso aconteça.

Vamos lembrar o que a Palavra fala sobre o assunto:

“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.” (Hb 10:25)

Portanto, não deixe de frequentar sua igreja, sua célula ou outra reunião similar. Quando você compartilha com outros, está dando a oportunidade de mudar a vida deles, e a sua também.

Cordão de três dobras

Está comprovado que o homem é um ser essencialmente social. Isso significa simplesmente que ele não foi feito para viver isoladamente. Alguns cientistas até afirmam que não é possível ao homem alcançar a felicidade plena, sem a presença de outros. E nosso memorável poeta Tom Jobim deixou registrado em uma de suas composições que “Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho” (Antônio Carlos Jobim, álbum Wave, 1967).

É por esse motivo que é fundamental exercitar o princípio registrado pelo sábio Salomão:

“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” (Ec 4:9-12)

A Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor é um momento ímpar do qual todos os cristãos precisam participar. Ela é tão importante para a comunhão dos irmãos que muitas vezes é chamada, simplesmente, “Comunhão”.

Apesar de não haver unanimidade entre as igrejas cristãs quanto à periodicidade de sua realização, todas parecem concordar que se trata de uma das marcas características da Igreja do Senhor Jesus.

Outra questão que pode intrigar alguns cristãos é quanto a quem deve participar dos elementos da Ceia. A resposta a esse questionamento pode estar nas próprias palavras do Senhor: “Bebam dele todos vocês” (Mt 26:27). Sabemos que apenas os doze discípulos de Jesus participavam daquela Ceia. Assim, entendemos que todo aquele que se considera discípulo do Mestre pode e deve participar.

A Ceia do Senhor é, portanto, uma grande oportunidade para a Igreja do Senhor exercitar o que Ele mesmo disse: “Tomem isto e partilhem uns com os outros” (Lc 22:17).

Conclusão

Não há como exercitar o princípio da comunhão, se não há unidade do corpo de Cristo (1 Co 12:27). Portanto, sempre que houver oportunidade, o cristão deve estar em unidade com os outros irmãos, seja em reuniões formais da igreja, seja em eventos esporádicos, como festas, confraternizações, almoços, cafés etc.

“…eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” (Jo 17:23)

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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária – ICM, em 05/06/2016, durante o culto de Santa Ceia.
* Textos bíblicos:                        
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