Texto: Lc 15:11-32
"A seguir, levantou-se e foi para
seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão,
correu para seu filho, e o abraçou e beijou."
(Lc 15:20 - NVI)
(Lc 15:20 - NVI)
Desde crianças, somos ensinados a respeitar nossos limites. Como
não temos ainda noção do perigo, precisamos que nossos pais nos orientem, ou
nos advirtam, ou mesmo nos impeçam de continuar indo em uma direção errada ou
perigosa. Ao chegarmos à vida adulta, porém, devemos ter a plena capacidade de
identificar o que é bom ou mau e discernir o certo do errado, ou ainda
reconhecer o momento certo de parar, de recuar.
É claro que nem sempre é assim. Muitas vezes, insistimos,
teimosamente, em continuar andando em uma direção que, no fundo, sabemos não
ser a correta; por outro lado, nem sempre temos a percepção acurada e
desistimos antes do tempo, deixando de alcançar até mesmo objetivos e de
realizar sonhos.
Às vezes, temos o mesmo comportamento com relação às pessoas.
Julgamos, condenamos, esquecemo-las; desistimos delas tão facilmente quanto
declinamos de vestir uma roupa ou de saborear uma comida. Por um momento,
declaramos nosso amor; mas, basta um minuto ou uma atitude do outro para
esquecermos de tudo e nos afastarmos dele. Por quê? Porque nosso amor é
condicional; é alimentado apenas por boas experiências, e quando as
experiências não são boas, ele definha, como uma planta que não é regada.
Ele
me conhece
A primeira grande diferença entre Deus e nós homens é que Ele
nos conhece por inteiro, mais ainda do que nós mesmos. Vejamos:
“Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.” (Sl 103:14)
“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este
selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da
injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.” (2 Tm 2:19)
O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os
que nele se refugiam. (Na 1:7)
Muito de nossas atitudes de indiferença e rejeição com relação
às pessoas é gerado pelo desconhecimento que temos delas. Portanto, antes de
desistir das pessoas, esforce-se por saber o que elas estão sentindo ou
passando.
O
Deus que não desiste
O texto bíblico que inicia esta mensagem é o relato da conhecida
Parábola do Filho Pródigo, a estória do jovem que saiu de casa para “curtir a
vida” com a herança que exigira do pai.
Não é preciso dizer que o protagonista é a representação do
homem pecador, do homem sem Deus, ou, simplesmente, de nós quando nos
encontramos distantes de nosso Pai; também é sabido que a figura do pai, na
parábola, é a materialização do nosso Pai Celestial.
Portanto, ao contar a alegoria, Jesus queria que lêssemos na
primeira pessoa, quando chegássemos na parte do protagonista. Você e eu somos
os protagonistas dessa estória. Na verdade, você deve concordar que a parábola
conta um pouco de nossa própria história, dos caminhos que muitos de nós
trilhamos antes de conhecer a Deus, das consequências de nossas próprias
escolhas, das decepções, sofrimentos e dores de uma vida sem Deus, sem Jesus.
Mas, mais do que uma parábola sobre um filho que se afasta de
casa para desfrutar de sua própria herança, essa narrativa é também uma parábola
sobre o arquétipo de pai, sobre um pai que tem um amor incondicional, que,
independentemente dos caminhos que seus filhos seguem, está sempre de braços
abertos esperando por eles e que se alegra com o retorno deles; um pai que não
joga em rosto os erros dos seus filhos, mas que é misericordioso; um pai que
sempre acredita na possibilidade de seus filhos se redimirem, de darem a volta
por cima, mesmo que todos os outros desacreditem; um pai que está disposto a
dizer SIM, ainda que todos insistam em dizer NÃO; um pai que, mesmo que nos
achemos a pior das criaturas, ainda nos ama como a filhos (Sl 103:13).
Conclusão
O Deus Eterno é o Pai amoroso da parábola. Ele não desistiu de
você. Mesmo que você tenha se distanciado dele, feito coisas horrendas,
desistido dele e de si mesmo, Ele sempre esteve esperando o seu retorno. Ele
está pronto para fazer a festa quando você regressar para os braços dele.
Quanto aos seus pecados? Não se preocupe. Ele tem uma palavra para você sobre
eles: “Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus
pecados jamais me lembrarei.” (Hb
8:12)
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* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 22/09/2013.
* Mensagem pregada na Igreja de Cristo Missionária - ICM, em 22/09/2013.
Referências:
* Todas as referências bíblicas citadas
foram retiradas da Bíblia On-Line (www.blibliaonline.net),
versão em Português por João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada (ARA).
Principais fontes: